quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Os valores que construímos e os valores construídos.

Durante nossa existência vamos construindo valores que compõem a nossa visão ética e moral dos fatos, a qual nos oferece acesso à análise e transformação da realidade. Somos tomados pelo senso de justiça que parte de nossa racionalidade e percebemos que a realidade apresenta diversas situações de que podemos intervir. A pergunta que se faz é sobre como agir, pois não basta querer fazer o bem, mas saber fazer o bem.
Visão reducionista dos fatos e fundamentalismos são precursores de desavenças e perturbações nos diversos meios sociais de que temos contato e que cada vez mais estão contribuindo para o individualismo e misantropia, pois as pessoas não sabem dialogar e parecem não querer apresentar suas idéias para não serem questionadas.
A escola é o ambiente ideal para se construir valores, mas não é o único. A família inculca na cabeça da criança os primeiros valores de que ela precisa para sua existência, por segundo a religião e terceiro é a escola. Valores como respeito e amor ao próximo é compromisso da família promover sua práxis e ambiente propício para isso. Ora, isso realmente acontece?! Não. Porque as famílias estão desestruturadas e formam diversas composições, as mais variadas possíveis de que podemos perceber em nossa sociedade.
Cada vez mais observamos que o ambiente familiar não propicia a dinâmica para se aprender valores, pois o contato entre os membros acontece num espaço curto de tempo, os pais trabalham para o sustento da família, quando estão em casa querem sossego, há muitas preocupações e os filhos não são vistos como parte deste processo de participação que visa a unidade familiar aonde ocorre participação falha de todos os membros em se preocupar um com o outro e obter o bem estar de todos.
Se a família apresenta-se falha, a escola é um reflexo e muitos são os conflitos para se entender que a escola tem um papel a desempenhar e a família outro. O professor não é pai e não adianta mães reclamarem que não sabem mais o que fazer com o filho e deixar esta “batata quente” para a escola. Preocupa-se muito em resolver casos de indisciplina e se esquece do processo ensino aprendizagem e da responsabilidade em formarmos alunos críticos e atuantes diante dos problemas sociais.
Quando escola e família desenvolverem seus papéis de forma adequada estaremos aptos a desenvolver potencialidades e superar obstáculos para crescer, mesmo diante das várias questões existenciais que observamos na nossa realidade.

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