quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Da necessidade do filosofar

A vida se apresenta cada vez mais confusa, misteriosa e complexa. Somos convidados a refletir sobre a realidade, pois somos seres que intervimos na Natureza material e racional, queremos saber o que acontece ao nosso redor, ajudado pelo conhecimento adquirido na nossa própria história e da história evolutiva da humanidade.
Foi assim que chegamos hoje a tanta tecnologia e capacidade intelectiva, poderíamos dizer sobre o homem o homo sapiens sapiens, aquele que alcançou a capacidade racional, crítica e abstrata.
Mas será o homem um ser pensante e com tanta capacidade? Na verdade não. Tudo dependerá no meio no qual vive, da sua forma de expressão do espírito, do acesso às informações, da sua cultura, mas a capacidade reflexiva não será alcançada se não houver interesse em saber mais e ser-mais, o ir além, superar-se.
Ora, entendemos a realidade que nos cerca pela atividade do espírito (o pensamento). Pensamos sobre o mundo, política, meio ambiente, ciência, o ato de conhecer e outros temas do nosso contexto, distanciando-nos da realidade pela via da abstração e da crítica.
Queremos descobrir a causa de determinados fenômenos, os fundamentos das coisas, como se organiza a sociedade, a ética, a cultura, a política etc.
A filosofia possui sua irreverência porque parte do que existe. Critica, interroga, duvida, faz perguntas inoportunas e procura compreender as diversas realidades.
A filosofia coloca em xeque o senso comum, os preconceitos, o estabelecido pela sociedade, pelas instituições e os diversos grupos sociais. A filosofia duvida para construir e não para destruir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário