segunda-feira, 8 de abril de 2013

25. O bom entendedor.


Saber argumentar foi outrora tido como a suprema arte. Hoje não basta. Temos de adivinhar, sobretudo nas questões que podem nos  enganar.  Não   pode   ser   entendido   aquele   que   não   é   bom  entendedor.  Há videntes  do coração e  linces das  intenções.  As verdades mais  importantes  exprimem   sempre   por   meias   palavras;   só   os   atentos   as   compreendem totalmente.   Nos   assuntos   que   parecem   favoráveis,   puxe   as   rédeas   de credulidade. Nos odiosos, use as esporas.
Baltasar Gracian - A arte da prudência

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