terça-feira, 20 de março de 2012

Como está a educação em Barra Velha?

    Não faça este tipo de pergunta num município litorâneo, pois a preocupação gira em torno da orla da praia central em que vereadores e população criticam o prefeito por não haver beleza para ser desfrutada pelo turista, enquanto isso nossas escolas estão feias. Cuida-se do trânsito, há organização para que não haja congestionamento, enquanto isso nossas escolas tem superlotação e uma creche inativa por causa da corrupção. Constroem nova sede da Câmara dos vereadores, enquanto isso necessitam uma escola na Quinta dos Açoreanos. Se o município tivesse interesse em pensar e melhorar a educação, digo, educação de qualidade com estrutura de qualidade, não a sauna das salas de aula da Escola Manoel Antônio de Freitas, fiscalizada pelo Marcos Junghans que nos sensibiliza pela sua atuação e denúncia de falta de investimentos em alguns setores. Mas por que os "profissionais" da Secretaria da educação não se pronunciam sobre a situação da educação em Barra Velha? Será que o nosso futuro será pensar no bem estar do turista ou do barravelhense?
Prof. Eliseu

quinta-feira, 15 de março de 2012

CORBISIER E SUA INDIGNAÇÃO SOBRE O CRISTIANISMO; A RELIGIÃO INERTE

          "De modo geral somo suma cristandade sem cristianismo. Uma sociedade em que todos são batizados mas em que é possível contar nos dedos aqueles que leram uma vez os evangelhos. A nossa religião se reduz a um ritualismo puramente exterior e social, sem nenhum lastro de convicções e de conhecimento doutrinário, sem nenhuma participação profunda do espírito. Religião das missas elegantes do meio dia, espécie de chá que a burguesia oferece semanalmente a Deus; religião das missas concorridas de sétimo dia, em que ninguém reza e onde todos os homens conversam, porque ninguém crê na imortalidade da alma e muito menos na eficácia da oração; religião dos casamentos sensacionais em que só se fala no vestido da noiva e que emprestam às nossas igrejas o aspecto festivo de teatros em noite de estréia numa tranquila profanação dos lugares sagrados; religião que confunde caridade com esmola, roubando ao pobre o direito de ser caridoso; religião das famílias respeitáveis e bem pensantes que transigem e acumpliciam com o desvario periódico das festas carnavalescas, como se a  moral não fosse o estatuto das nossas mais autênticas repugnâncias, o processo insubstituível de dignificação de nossa natureza, mas apenas uma coleção de preceitos que é bom, de vez em quando, esquecer; religião africanizada dos inquietantes sortilégios e da s superstições confusas; religião infeliz e confortável daqueles que tem pavor de sofrimento e nunca pensam na morte".
         O pensamento de Corbisier apresenta argumentos substanciais sobre a inércia do cristianismo que perdeu o foco ao longo do tempo, principalmente quando lembramos das primeiras comunidades. Hoje os comunistas ateus lutam mais por justiça social do que muitos cristãos que querem viver na pompa e esquecem do que são e sua condição humana. Concorda plenamente com o pensamento de Corbisier, este filósofo brasileiro que lutou muito pelo nosso nacionalismo que poderia ser corroborado com a ajuda do cristianismo.
Prof. Eliseu